ONISCIÊNCIA

Quase depois de todas as noites

Finalmente a noite chega

Tão verdadeira e onisciente

Que nem mesmo o sol ousou ficar.

E lá no final do crepúsculo

Depois de entreabertas

As cortinas da escuridão,

Aonde a vida ensaia tantos e tantos números,

Os sonhos também encenarão seus atos

Sob as fátuas luzes da lua alta...

Frente ao alvorecer, mesmo a alva luz...

Oniscientemente retornará noite

Ao revés de toda dor,

Posto que qualquer brilho átomo

É apenas mero pacto!

De etereamente ser.

Onisciente fulgor.