PEGASUS NÃO PEGA SUS
Quem sou eu?
Um grande idiota
Voando no meu Pegasus, que não pega SUS
Rastreando sem GPS
As veredas e becos
Por onde os corruptos somem
Aliás, eles não somem
Nós é quem sumimos
E assumimos todo o mal trazido a nós
Eu estou à toa e atroz
Não sou um Sancho Pança
Mas tenho uma câmera apontada para mim
Ai de mim se eu mijar
Fora do penico
E agora, Como faço, como fio?
Quem manda querer ser direito ser
Esse ser servil
Ouvindo velhos dobrados
Entre brados retumbantes
Contando dez mil e o dobro
De papeis dobrados
Em segredos à mancheia
Menino, não remancheia!
Nem tudo que cai do Céu, vem de riba
Arrocha negrada!..
Eu tenho que ir, indo
E vou assim nesse cavalo de pau
O meu Pegasus que voa e flutua
Na minha e na tua
Imensa imaginação.
Um Marco Pólo sem marco
Estou mais para um velho vaqueiro
Assim, tipo Quinca Zoim,
Orácio ou Zezão
Quem sabe, João de Adão
Nesse velho Novo Mundo moderno
Vestido de um novo terno
Eterno e pronto para morrer
Quiçá, "Quizás, Quizás, Quizás"
Toque agora (Olha o disco Dodóra!)
Mas, eu estou no mundo
Hoje eu caí no mundo e só penso em voltar
Nesse meu cavalo alado
Para a minha fazenda de boi de osso
Desculpe-me, um dia também já fui moço!
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Bahia, 12-09-2011. Para os meus amigos de infância em
Correntina que, longe de lá, morrem de saudades assim como eu.