Plantei saudades

Na areia que se vai com o vento

Formando dunas em meus pensamentos

Nômades vontades escritas

Efêmeras passagens malditas

Curas que não quero pra mim

Fica saudade inteira

Seja de vez minha bandeira

Para que eu nunca esqueça aquele dia

Em que fui em teus braços morrer

Reguei a saudade com lágrimas

Esperando que ela morresse

Cresceu e agora é tudo isso

Uma bela árvore com viço

Onde descanso de meu caminhar

Na imaginação que não para

Nos dias que sempre chegam

Nas noites e nas canções

Jogo sementes ao vento

Numa melodia em lamento

Canto as canções que te fiz

Sei que não ouves e nem passas

Pela mesma estrada que eu

A árvore que tanto eu falo

São apenas letras que ninguém leu

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 13/09/2011
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