Safira

I

Mascaras de palhaços

Subindo em meus braços

Cantando em pedaços

O asco da noite.

Pulo na estrela

Tentando queimar

Aquilo que resta

No Pútrido Sangue

Que vejo no Espelho.

A vezes sim...

Me sinto frio como ele

Tentando apenas devolver

Aquilo que me dão de graça,

E me iludo quando me exalto

Quando dão suas gargalhadas

Com seus dentes podres.

Pode até parecer trágico,

Mas, inesgotavelmente belo.

Entretanto nas fascinantes estruturas

Vomito larvas reluzentes

E delas nascem o drama e o ser.

II

Congelarei encima dos mortos que configuram certas bases

Mas é uma pena que apenas dizem sim

Algo poderia me chocar.

E fazer certos líquidos pertencentes a lua despencar

E formar castelos de cristal pra te mostrar estilhaçados

Com as cores do pavão dourado

Pois assim o Sol não terá direito de brilhar

E assimmm os ventos se regozijarão

E cantarão sua macabra sinfonia

III

A Fênix continua gritar em seu refugio,

Com os dentes iluminados de sombra, sabia o que estaria por vir

Pena ver esta pedra brilhar

E ofuscar meu olhar com sua tristeza colorida

Mas juro!

Todo o meu rancor despedaçará

E as lagrimas queimarão o céu

E o fogo cairá sobre mim

Me consumindo e me fazendo gritar em agradecimento