Cão Negro

"Ouço uivos pela selva

Que eu não conheço

Ladram os cães que me seguem

Bem sabem que na relva

Podem ser a pouco preço

Espere que a morte e dor te levem.

Foi-se a vida do poeta

Resta a tristeza do homem

Acabou-se o sentimento

Pois nesta floresta

O medo e a morte consomem

A todo momento.

Cão negro vindo das profundezas?

De súbito faz-se o grito

Que rasga o céu cinzento:

Agora com mais certezas

Tudo o que acredito

É sem contentamento.

Seria o fim do poeta-triste

Agora um mundo irreal?

Sem desejos

Nada existe

Me sinto mal

Apenas o beijo

E o cheiro

Da morte...

E Do cão infernal..."

JBlack
Enviado por JBlack em 30/08/2011
Código do texto: T3191837
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