Meu próprio reflexo de Fausto!!!
Marcelo ShytaraLira
Sampa agosto de 2011
Ah o tempo parado eu vagando pelo espaço
De meus pensamentos já passados
Revejo que meus olhos me enganaram
Trouxeram imagens irreais d’uma vida
Que deveria ter sido gerada para degustar o belo
E de barriga tão imensamente cheia
Vomitar o amor pelos cantos da boca aberta
Ah o tempo parado eu vagando pela historia
Revejo as imagens reais fotografadas por minhas lentes
Sinto que sou milenar mas minha dor é de hoje
Pois os movimentos dos homens são os mesmos
Com isso sangra meu Asceta Herege e Humilde
Coração Poeta: Que ainda se decepciona!
Ohhhhhhhhhhhhhhhh
Que monossílabo é este sempre inerente em meu ser
Enraizado no âmago de minh’Alma
Rima com outros tão disformes vocábulos
Faz-me alagar as bochechas rubras
Então escuto Ana Carolina me dizendo:
“Eu não sei parar de te olhar”...
E canta para mim que
“um vendedor de flores ensina seus filhos a escolher seus amores”
Percebo: sou o filho fossilizado nesta engrenagem viva e novamente...
Decepciono-me...
Então realizo minha viagem astral
Pelas nebulosas a fim de encontrar o Grande
Dizer-lhe que sua volta se faz necessária
Mas Ele se mudou e endereço não deixou
Volto tristonho e contemplativo:
Meu fim se deu porque como homem
Não matei em mim o que vi no gênero:
*Meu próprio reflexo de Fausto!!!
Restou-me apenas o tempo de pedir perdão
Ao meu Anjo da Ressurreição.