Insônia

Vem o sono,

confortar exauridos corpo e mente.

Entorpecido divago,

a alma voa.

Madrugada,

o silêncio me desperta.

Alaridos distantes,vozes

harpas ou violinos,me inquietam.

Gélido,o vento

áspero e pedregoso o chão,

rastejo de encontro ao nada.

Sou próspero em tempo,

miserável ante a imensidão do peito,

que é pó.

Cinza,a Lua no horizonte se eclipsa,

em minhas mãos desesperadas e vazias.