POBRETANO
Um argueiro resseca meu olho,
sementes atrofiam minha terra,
caminhos em áridos estorvos
os fatos rubricam a esfera.
estrelas cintilam de novo
as lagrimas te banham a terra
se calmo me sinto um tolo
agitado sou a besta-fera,
um quinhão de lixo e entulho
poluída calma primavera
o inverno inverso de novo
de tudo um nada prospera.