ANIMÁCULO
No ardor do sol eito trabalho
o ponteiro retrocede a meta
em alto relevo o calo resseca
são mãos de trabalho honesta
a sede aguça a minucia
saliva resseca a güela
suor que resfria a pele de pedra
a agua amortece a queda
o vento assopra o futuro
nem tudo se lê o que interessa
se fere o orgulho imaturo
de fome se morre na terra
a terra devora o homem
o homem que torna-se fera.