CANICÍDIO
Saibam que os expurgo!
onde a unica ferida ardeja
de nada sobra ao soturno
verdeja a unica lembrança que resta.
de prosa, poemas, insultos...
de nada me vale a moeda
cabeça, caneta, canudo...
o insano em mim manifesta.
no vale silencio escuto
melódica efusiva floresta
os uivos dos lobos em surto
devoram meu corpo em festa.
banquete inaudível confuso
a parte maciça contesta
é ouro de tolo matuto
maldito te beijo a testa.