CANICÍDIO

Saibam que os expurgo!

onde a unica ferida ardeja

de nada sobra ao soturno

verdeja a unica lembrança que resta.

de prosa, poemas, insultos...

de nada me vale a moeda

cabeça, caneta, canudo...

o insano em mim manifesta.

no vale silencio escuto

melódica efusiva floresta

os uivos dos lobos em surto

devoram meu corpo em festa.

banquete inaudível confuso

a parte maciça contesta

é ouro de tolo matuto

maldito te beijo a testa.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 17/08/2011
Código do texto: T3166244
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