A ODE DO LOBISOMEM E DA LUA
Uma voz tênue na mira da lua
Homem e lobo cantam em serenata
Um no outro, raivosos e sedentos
Amaldiçoam o astro inclemente
Sina triste de quem rói o dia
E bebe a noite em ardente sede
A bela prateada é insensível
Alheia a triste perpetua herança
Vaga lentamente na colcha de cobalto
Eles, fera e homem, gritam e rosnam
Enquanto a metamorfose obscena
Reveste de horror a relva molhada
A noite é nacarada e profana
A dor é maldita e insana
A lua é perversa e indomada
E a maldição é crua e teimosa
Pobre alma desafortunada
Que fará de outra, sua ceia
Ou pior, sua nova cria.
Uma voz tênue na mira da lua
Homem e lobo cantam em serenata
Um no outro, raivosos e sedentos
Amaldiçoam o astro inclemente
Sina triste de quem rói o dia
E bebe a noite em ardente sede
A bela prateada é insensível
Alheia a triste perpetua herança
Vaga lentamente na colcha de cobalto
Eles, fera e homem, gritam e rosnam
Enquanto a metamorfose obscena
Reveste de horror a relva molhada
A noite é nacarada e profana
A dor é maldita e insana
A lua é perversa e indomada
E a maldição é crua e teimosa
Pobre alma desafortunada
Que fará de outra, sua ceia
Ou pior, sua nova cria.