Pesadelo
Sentir o trincar do gosto sanguíneo
A todo o momento um frio eterno
Sentir na garganta um fino cortar
Em meu pensamento, exemplo de inferno.
Viver sem chorar num mundo de pranto
Sem ver, sem ouvir, sem algum sentido...
Um mundo privado de felicidade
De maus sentimentos que estou contido.
O não mais sorrir é o sentir medo
Não sinto o pulsar, meu peito é vazio
Nem livre da dor, também da prisão
Qualquer movimento hoje não confio.
A face sombria deste pesadelo
Encontra-se implícita na escuridão
Prendendo às correntes o bom sentimento
Matando aos poucos o meu coração.