Delírios da morte
Delírios da morte
Em todos os dias eu sinto
Eu vejo e percebo
Que minha hora chegou!
Então eu vejo a morte
Que sussurra docemente para mim:
-venha para que esperar
Loucura de vida essa não?
Às vezes eu escuto a voz
Eu me envolvo então
No meio dessa frieza
E desse triste momento
Eu entrego minha alma
Às vezes eu queria
Não ser, não sentir a voz da escuridão.
Voz que chama o meu nome
Acabe agora com minha agonia
Não seja meu algoz
Depois de tanto implorar
Eu só vejo sombras
E filmes e lembranças na minha cabeça
Aos poucos nesse momento
Eu perco o sentido da vida.
Antes de morrer, antes de partir
Eu deixo a minha marca
Eu deixo a carta
Nada solene.