Delírios da morte

Delírios da morte

Em todos os dias eu sinto

Eu vejo e percebo

Que minha hora chegou!

Então eu vejo a morte

Que sussurra docemente para mim:

-venha para que esperar

Loucura de vida essa não?

Às vezes eu escuto a voz

Eu me envolvo então

No meio dessa frieza

E desse triste momento

Eu entrego minha alma

Às vezes eu queria

Não ser, não sentir a voz da escuridão.

Voz que chama o meu nome

Acabe agora com minha agonia

Não seja meu algoz

Depois de tanto implorar

Eu só vejo sombras

E filmes e lembranças na minha cabeça

Aos poucos nesse momento

Eu perco o sentido da vida.

Antes de morrer, antes de partir

Eu deixo a minha marca

Eu deixo a carta

Nada solene.

Ynfindo
Enviado por Ynfindo em 07/08/2011
Código do texto: T3145249
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