Alento
O alento rasga-me o peito de amor,
na majestade que sua força encerra,
entre razão e a loucura, todo o valor,
que, em meu ser, tanto clama e berra.
Nessa força, a alma, qual besta fera,
vê eclodir de suas faces, o seu rubor,
beleza que em suas entranhas impera,
qual o suspirar das verdades em flor...
Doce é estar nos deleites do teu calor;
caminho suave da paixão em primavera,
valha-me que nada tire, esse seu sabor...
Sua voz terna, calma, nesta atmosfera,
rompe-se, revela a chama do seu fogo,
o canto sigiloso, no fervor do meu rogo!
Oswaldo Genofre
(imagem Google)