A Vida da Morte.
Sabes aquele calafrio que corre a espinha
Se souberes e tiveres um relacionamento com eles
Rápido notara que o anjo está próximo.
Habita a vida
Despeça-se de quem à de se despedir
Tempo não se tem quando a noite vem
As palavras sempre faltam
E o silencio não se pode impedir.
Sabes? Se não sabes! Tudo bem!
Outro dia vem, e outra noite se vai.
E o despertar da agonia é uma incógnita.
Que os moribundos ousam em pronunciá-la.
Não se pode fugir do que dentro está
E se está, preso e junto à de se matar.
As emboscadas são certeiras
E os desesperos são para os espertos.
Corra! Viva! E morra!
Machado de sangue negro
Corado de anseio
Preto
Pobre
Plebeu da sorte
Corteje o anjo da morte.
Sem esquinas!
Sem mesquitas!
Sem favelas!
Sem novelas!
Sem mangues!
Sem casarões!
Apenas os porões!
E chorões, deprimidos, pois não entendem que na morte habita a vida.
Então a deprimem!
Condenam, pois não a compreendes, sentem-se abandonados;
Rejeitados
Ignorados pela vida!
Mas nela a vida habita
Habita a vida
Com cores, com flores,
Com lagrimas, com os adeuses e seus amores,
Com os corais, os cortejos,
O velório, a possessão, e a procissão.
Festeje a morte
Festeje a vida
Viva!