LEÃO DE MARFIM
Urge o tempo,
um turbilhão de pensamento.
Ruge o leão cinqüentenário,
imponente, robusto, lendário,
não o temo, vejo-me nele.
É o rei da selva, sou o rei do nada,
nesta selva chamada universo.
Teu marfim é ouro,
meu ouro é o fim...
sou animal na escadaria de concreto,
com um leão ao meu lado.
Meu irmão suplica uma migalha,
uma migalha de atenção,
na escadaria da igreja branca,
onde o eu animal descansa,
na companhia do humano animal.