RIMA DISSOLUTA
Misturo barro e água
boto na forma
e ponho na fornalha
Minh' alma queima
viro um retângulo de massa bruta.
E que sou eu então...
massa falida
causa perdida
caldo entornado?
Minha alma queima
bebo da vida fatal cicuta
Quem sou eu, afinal
um nada, verme, flor fanada?
Minha alma queima
viro um retângulo de massa bruta
Quem sou eu, venal?
Ah, não... não farei...
esta rima...
dissoluta!
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No vaso moldado
Do fogo e da luz
Serei braço e aço
Ou aquele que jaz
Deitado em sua alma
Nem rima terei
Para o que não sei
Verdade absoluta
ou vontade resoluta?
Mario Sergio Andrade
E estes versos do poeta ... como ficar calada? ...
das asas deste véu
as luzes refletem caos
forjados em carnes cozidas
em vidas falidas
Fogueiras inteiras
de versos incinerados
ao arder do fogo da alma
que em si se retalha
e se espreme em sumo
de solidões inatingíveis
Na sala vazia
Nehuma mão pousará em meu ombro...
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Tua voz Lilian, sempre bem vinda nesta casa. Bebemos todos desta tua fonte inesgotável e abençoada e nos confortamos com ela, e nos comprazemos nestes diálogos de poesia em comunhão.
Vaso alquímico
de escuridão e floradas
forja secreta
donde brotam as torrentes da alma
essa argila que no fogo
os olhos tem acesos...(revoando eu)