RIMA DISSOLUTA 


Misturo barro e água
boto na forma
e ponho na fornalha

Minh' alma queima 
viro um retângulo de massa bruta.

E que sou eu então...
massa falida
causa  perdida
caldo entornado?

Minha alma queima
bebo da vida fatal cicuta

Quem sou eu, afinal
um nada, verme, flor fanada?

Minha alma queima 
viro um retângulo de massa bruta
Quem sou eu, venal?

Ah,  não... não farei...
esta rima...


dissoluta!






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No vaso moldado
Do fogo e da luz
Serei braço e aço
Ou aquele que jaz
Deitado em sua alma
Nem rima terei
Para o que não sei
Verdade absoluta
ou vontade resoluta?

                              Mario Sergio Andrade


E estes versos do poeta ... como ficar calada? ...


das asas deste véu

as luzes refletem caos

forjados em carnes cozidas

em vidas falidas

Fogueiras inteiras

de versos incinerados

ao arder do fogo da alma

que em si se retalha

e se espreme em sumo

de solidões inatingíveis

Na sala vazia

Nehuma mão pousará em meu ombro...

 
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 Tua voz Lilian, sempre bem vinda nesta casa.  Bebemos todos desta tua fonte inesgotável e abençoada e nos confortamos com ela, e nos comprazemos nestes diálogos de poesia em comunhão.


Vaso alquímico
de escuridão e floradas
forja secreta
donde brotam as torrentes da alma
essa argila que no fogo
os olhos tem acesos...(revoando eu)
 

 

tania orsi vargas
Enviado por tania orsi vargas em 21/07/2011
Reeditado em 26/07/2011
Código do texto: T3108407
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