cemintério de peomas feito de ossos quebradiços de palavras
Não me leiam
Não verão grande coisa
Nas covas que me enfiei, defenhei
Meus versos, soltos dos ossos
Ficaram aos nacos em que parasistas
Macróficos faziam festim
Meu crânio já sem cérebro (se é que ja tive um)
Mostra o vazio da vazia vida que vivo
Nem amores, nem horrores
Nem missa pro diabo
Mas quem sabe um escroto poema
"Caronte" não me leva em seu barco
Mergulho no seu rio, mas seus
Mortos não me aceitam
Até o rio da morte me regorgita
Uma vida inteira e nenhuma moeda
Para a passagem
Fico a margem, como o Indiano a
Beira do "Ganges" a ver cádaveres felizes a boiarem
A mim nem isto restou
Pego minha pasta de couro
E só me resta a causticante
Vida a viver
Até que a morte resolva
Sua foice doce e dócil
Rasgar minha garganta
Para que eu possa dizer
_ Finalmente, morri
Finalmente!
Agora posso viver...