cemintério de peomas feito de ossos quebradiços de palavras

Não me leiam

Não verão grande coisa

Nas covas que me enfiei, defenhei

Meus versos, soltos dos ossos

Ficaram aos nacos em que parasistas

Macróficos faziam festim

Meu crânio já sem cérebro (se é que ja tive um)

Mostra o vazio da vazia vida que vivo

Nem amores, nem horrores

Nem missa pro diabo

Mas quem sabe um escroto poema

"Caronte" não me leva em seu barco

Mergulho no seu rio, mas seus

Mortos não me aceitam

Até o rio da morte me regorgita

Uma vida inteira e nenhuma moeda

Para a passagem

Fico a margem, como o Indiano a

Beira do "Ganges" a ver cádaveres felizes a boiarem

A mim nem isto restou

Pego minha pasta de couro

E só me resta a causticante

Vida a viver

Até que a morte resolva

Sua foice doce e dócil

Rasgar minha garganta

Para que eu possa dizer

_ Finalmente, morri

Finalmente!

Agora posso viver...

Menelau
Enviado por Menelau em 20/07/2011
Reeditado em 20/07/2011
Código do texto: T3107511
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