Poema ruim...

Minhas roupas já não cabem mais...

Meu corpo já não aceita mais...

A mesma rotina,

O mesmo diagnóstico.

Quero uma vacina que me cure desse enfado:

Que me estilhaça,

Que me come

Que me arrasa.

Fico um poço negro de lembranças que fedem.

Fico nua e vejo as marcas quem em minha alma moram...

Desde o dia em que nasci, até aqui!

Queria fazer mágica e tirá-las de mim...

Marcas frias, incuráveis, que me denunciam e me tira a liberdade...

Expondo nua e cruamente, minha carne.

Expõe minhas piores feridas,

Meus mais idiotas fracassos.

Quem daqui se habilita a lamber minha ferida?

Já sabia da resposta. - Ninguém!

Ai de mim não cuidar de cada uma, ai de mim.

Com certeza eu não estaria aqui, escrevendo esse poema ruim!

Camila Senna
Enviado por Camila Senna em 19/07/2011
Reeditado em 30/07/2011
Código do texto: T3103896
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