Poema ruim...
Minhas roupas já não cabem mais...
Meu corpo já não aceita mais...
A mesma rotina,
O mesmo diagnóstico.
Quero uma vacina que me cure desse enfado:
Que me estilhaça,
Que me come
Que me arrasa.
Fico um poço negro de lembranças que fedem.
Fico nua e vejo as marcas quem em minha alma moram...
Desde o dia em que nasci, até aqui!
Queria fazer mágica e tirá-las de mim...
Marcas frias, incuráveis, que me denunciam e me tira a liberdade...
Expondo nua e cruamente, minha carne.
Expõe minhas piores feridas,
Meus mais idiotas fracassos.
Quem daqui se habilita a lamber minha ferida?
Já sabia da resposta. - Ninguém!
Ai de mim não cuidar de cada uma, ai de mim.
Com certeza eu não estaria aqui, escrevendo esse poema ruim!