Rotineiro...
Ele não diz nada...
Nada é dito.
Me consumo em tédio...
Nesse rumo sem viço.
Entrei no seu mundo com tudo...
Larguei o meu, sofrido, por vezes colorido.
Estou sem carnaval.
Meu corredor está as traças...
Minha varanda abandonada,
Meu teto conformou-se,
Meu rádio ficou mudo,
Meu telefone, surdo,
Meu corpo,
Minhas roupas...
E meus chinelos, rotineiro.