Rotineiro...

Ele não diz nada...

Nada é dito.

Me consumo em tédio...

Nesse rumo sem viço.

Entrei no seu mundo com tudo...

Larguei o meu, sofrido, por vezes colorido.

Estou sem carnaval.

Meu corredor está as traças...

Minha varanda abandonada,

Meu teto conformou-se,

Meu rádio ficou mudo,

Meu telefone, surdo,

Meu corpo,

Minhas roupas...

E meus chinelos, rotineiro.

Camila Senna
Enviado por Camila Senna em 18/07/2011
Reeditado em 15/03/2012
Código do texto: T3103728
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