ll. SeM sEr, SeM EsTaR .ll

Eu me lembro

Do quanto deixei de ser

Para estar por ti...

Eu me lembro

Do quanto de mim

Tu deixaste de ter

Por estar em ti

(sono.lenta.mente tão teu...)

Finalmente eu vi:

Que nunca perdi teus olhos

Teus braços

Mas o laço é partido

E desabou nossos sonhos...

... e me perdi...

Eu me lembro

Do quanto planejei

Com os tijolos dos teus beijos

Com os desejos do teu corpo...

...e o frêmito

...o suspiro

a nua loucura crua

de nossas palavras...

E, por ora,

Me deixo assim...

Guiada pela tensa esquina

- 90° de demência

Ardendo nos olhos

Na veia dilatada

No tim-tim da taberna...

E me entrego

Ao arroubo cego

Que a tua ausência me causa...

E já não sou tanta

Nem muito de mim

Ou de ti: _Eu SoU_.

Pois, estou ali

- eternamente -

Sentada na esquina

Da minha rotina...

Laçada pelas pernas rápidas

Pelos olhos frios

Pela insipidez do café

Pela insensatez do amor...

E queria tanto mais

Do que jamais

Pude ser estando contigo,

Sempre tão sem mim...

ll PaRaBoLiKa ll
Enviado por ll PaRaBoLiKa ll em 13/07/2011
Reeditado em 13/07/2011
Código do texto: T3093056
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