II
Corpos de micro-poros calvos migram nas fuligens
Da paisagem carioca burocrata decadente
Vermes de calcário alimentam-se do bolor no pão da Última Ceia
Escorpiões sangrentos cavitam no Santo Vinho envinagrado insípido
Meninas intelectualizadas hasteiam
As pesadas bandeiras de sofridas Putas da Lapa
Travestis fazem a revolução silenciosa ao meio dia.
Evangélicos santos chupam o pau de seus irmãos em Cristo
E gozam coléricos o gozo impuro de densidade de chumbo.
A Santa igreja recolhe os seus enganos fúnebres em fibras de
Papel crepom
Ouve-se um brado de trovão entoado a Baco que
ecoa o som de gerações eliminadas.
A pura Virgem chora aos pés do seu filho violado
pelos Sacerdotes Pederastas de chifres luminosos
eletrificados
A alma agora liberta suspensa no abismo, contempla sem medo a morte
Dos Eleitos.
E Deus, no Volume do Grito, suicida-se com uma navalha espanhola
Com um cabo de batom violáceo Dior.