MANIAS
Aquela rima indecente/
Onde eu me vejo machão/
Na contramão, como um deus/
E meus sonhos de sexo/
Meu reflexo de ambição/
A noção turva da curva/
Que a estrada da vida/
Me fez parar./
Aquela sensação de desgosto/
No contraste da história/
Como se em notória mania/
Tivesse êxito algum dia./
Sem rima, sem razão/
Complexa e sem função/
E o poema que eu fiz/
Falando de nada/
E nada explicando/
Amando o tudo/
E tudo odiando/
Como se fosse importante/
Como se tivesse/
Aquela excitação no amor/
Como se algo tivesse morrendo/
Ou nascendo no universo/
Sem idéia, sem explicação/
Sem noção de profundeza/
Só obsessão, São manias/