Não é de amor que eu falo...

Não falarei do amor, falo da dores

Da tempestades loucas do verão

Delicadeza de jardim em flores

Pois amo a ação de um grande furacão

Se nobre é, qualquer esforço humano

Se comedido o gesto e a alegria

Grito bem alto, sem temer engano

Que o que me encanta é a pura rebeldia.

De ser polida eu nunca me ufano

Pois me encanta a face da arredia

Que ortodoxa dorme sem um pano

Desmitifica a vã filosofia!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 12/07/2011
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