Não é de amor que eu falo...
Não falarei do amor, falo da dores
Da tempestades loucas do verão
Delicadeza de jardim em flores
Pois amo a ação de um grande furacão
Se nobre é, qualquer esforço humano
Se comedido o gesto e a alegria
Grito bem alto, sem temer engano
Que o que me encanta é a pura rebeldia.
De ser polida eu nunca me ufano
Pois me encanta a face da arredia
Que ortodoxa dorme sem um pano
Desmitifica a vã filosofia!