Poeta em estado de lucubração
Absolutamente sem saída
Esse fosso sem fundo,
Por isso crio sonho
Para mover de alguma forma
Circulando o absurdo!
E vou metendo o dente
No ar que cavo à unha,
Peregrino anjo ingênuo
Zarpando manco e tonto
Por amplidão nenhuma...
Absolutamente sem saída
Nesse espaço rotundo,
Voo até a incoerente ironia
De tombar feito um homem comum
No reino santo da poesia!