Paraíso da luxúria – Ventre maldito
Quando viajei ao mundo da luxúria
Adentrei numa profundidade intensa
De carinho, amor, escuridão e fúria
Numa noite de misteriosa crença.
Violenta e nebulosa a fria dama
Que o seu trabalho sujo oferece
Por migalhas submete-se na cama
A um mal que ela própria não merece.
Perfumado o ambiente é propenso
A oferecer um mundo diferente
A meninas e meninos um imenso
Carrossel maldito engolidor de gente.
Ao passar naquela noite pela rua
Eu senti quando vi entusiasmo
Uma jovem moça atraente e nua
Induzindo pobre moço ao orgasmo.
Mais parece um planeta diferente
Que se vive sem pudor e sem decoro
Onde todo mundo anda nu e mente
E adora quando ouve mau agouro.
Ao tentar a volta pro meu mundo
Percebi que nele estive sempre
Pois luxurioso e imundo
É da vida o mal cheiroso ventre.
Axeramus 21/06/2010