POETA ALADO

Sou um poeta alado

tenho asas e saio à voar

mais tomo cuidado

pra que esse segredo

não seja revelado

só alcanço vôos quando anoitece

pra que ninguem me veja

o véu da noite nunca dará certeza

se alguém do alto ver minha silhueta

vão alegar que são pássaros

ETs, OVNIS

mais nunca vão imaginar

que sou um homem

nemhum radar conseguira me identificar

assim sigo a voar

ás vezes plainando

em nuvens branquinhas

as vezes rasgando os céus

como um foguete

no brilho das estrelas

ao olhar da lua

as vezes corro perigo

pois a noite tem suas armadilhas

anjos da morte

tentam me seduzir

me oferecendo riquezas mundanas

em troca pedem minha a'lma

e o coraçaõ de quem me ama

as vezes sou atacado por

vampiros sangue-sugas

querendo enfiar os caninos

na minha jugular

mais sempre estou á escapar

encontro tambem, seres de luz

cavalos alados

que são montados

por lindas amazonas guerreiras

elas protegem a entrada do céu

anjos, querubins

fazem graça pra mim

vendo a terra aqui de cima

vejo muita tristeza

destruição da natureza

guerras, miséria, pobreza

tomare que o bicho homem

aprenda logo

antes que seja tarde o

arrependimento

vou voando a favor do vento

vejo casais se amando

boemios se embriagando

acordo uma coruja preguiçosa

surfo numa estrela cadente

leio uma poesia na torre de

um edificio

escuto uma melodia

que me deixa emocionado

ela vem do fundo do mar

acho que uma Iara quer me afogar

no oceano do amor

mais voltei a razão

nessse feitiço não

caio não

logo o dia vai raiar

vou bater as asas

e pra casa voltar