QUANDO EU MORRI...

Outro dia, outrossim

Nem faz tanto tempo assim!

Eu morri sem ser notícia...

No silêncio da Paulista.

Palco dos tantos artistas!

Aonde o sol nasceu pra todos

De asfalto nunca roto,

Toda a voz é comandada

E a vontade? - manipulada!

Sucumbi meio perdida,

Sem alento, sem torcida

Pela rua asfaltada...

Eu morri sem ser notada.

Sob um sol meio apertado

Sem segundos de estrelato!

Eu morri sem trio elétrico

Sem anseios tão frenéticos.

Sucumbi na terra fria

Sem ter sido alguém, um dia.

A seguir a própria sorte

Sem bandeira...e sem ter norte.

Voz anônima pela vida

No asfalto da avenida.

Eu morri sem ser artista

Outrossim,sem ser ouvida...

No silêncio da Paulista.