Brincando com Drummond
“No meio do caminho tinha uma pedra”
“E agora José”
O tiro partiu
O filho sumiu
Morreu nos lábios a palavra amor
Congelado na alma frenética
Podendo ser tanta coisa
Faz-se escravo
Morrendo a prestação.
Obra escatológica
Mal travestida de vida
Fama anônima nos telejornais
Vende notícias
Como é cara a morte!!
Mas nada ganha senão a própria desgraça.
“A noite esfriou”
Sim, é verdade
Não antes de tua chama
Tua faina insensata
Te leva distante do porto de partida
Para naufragar-te nos escuros abissais da própria insensatez
És melro cantando na noite que morre
A própria morte nos olhos fundos
Sem raios de luar
Apenas a luz da chama que acende tua sentença
Negro véu de uma noite sem estrelas
Será tua paz eterna
Se não tiveres outra vida para viver
• Peço perdão ao poeta, por usar suas tão belas palavras, para chorar a pedra que tivestes a ventura de não conhecer... o flagelo do crack...