Voo poético
Aeronaves nunca escapam aos meus olhos
Marcianos eremitas habitam minha retórica,
Alienígenas plantonistas circundam minhas celulas
Umas figuras metamorfoseadas se agrupam,
Uma coisa demasiadamente gótica
E umas outras ilógicas
Tingindo minha medula...
Aeronaves dão piruetas no sistema nervoso
Sou bem capaz de jurar umas frases de amor.
Atravesso campos magnéticos numa disfunção humana,
Assim que me sinto mais livre
E cada vez menos capaz de ser tão insana!!!
Alinhavo os voos sem qualquer recurso futurista
Imagino os freios sem meios de retaliação ou desvelo!
Por mais incrível que pareça
Vou aos fundos dos mundos, depois volto
Para deslumbrar os novos sonhos
De uma realidade que eu desconheço...