NASCEMOS UM PARA O OUTRO

A boca precisa da cauda

Pra se tornar imortal

Tudo e nada se flertam

A escuridão namora a luz

O frio pede as mãos do agasalho

A sede pede o beijo da água

O calor quer o colo da brisa

O dia se despe em crepúsculo pra noite

A noite na aurora entrega suas jóias mais íntimas ao dia

Eu nasci pra você como o pé pra tapeçaria

O silêncio cria os filhos da gritaria

E o instante se perde em poesia...