Descaso - a formosura de um verso




Escrevemos por impulso quando o coração está desenfreado;
Por aflição, se o poema surge do nada...
Na condução, no restaurante,
Em pé, e no silêncio da madrugada.

Escrevemos qualquer momento lírico.
Na dificuldade, no contentamento, muitas vezes sem palavras
A demonstrar a paúra da alma inchada...
E o seu sofrimento.

Chega à aflição rápido demais e não dá tempo de apontar.
Assim vem logo uma inquietação...!
Inflável feito balão
E a mente não quer gravar.

Agora, quando sai o grito, escrevemos mais reformados...
Em Copacabana ou no Lebron, associando às escondidas,
Pensamentos desfigurados,
E levamos o caderninho de lado.

Não tem contexto a formosura de um verso!
Se quem o escreve, inscreve o instante!
O que nos faz gostar mais...
È assim que nos reencontramos, e sentimos o bastante.

Escrever nos vem da dor e do viver...
Catarse e redenção.
No alívio da sua paz...
E não são os poetas o que mais desprezamos...?


O que odiamos o descaso.
Pois sabendo que o amor e dor caminham juntos.
Para decodificarem o que está escrito, não basta sentir
É preciso sonhar sem refletir.


De Magela e Carmem Teresa Elias.


(Ela dizia que escrever vem da dor, eu dizendo que vinha do impulso. Brigamos. Ponderamos... juntamos tudo).

DE MAGELA POESIAS AO ACASO
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 15/06/2011
Reeditado em 15/06/2011
Código do texto: T3036973
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.