por onde anda menelau
Se soubesse
O sal da minha saliva
Os alfinetes que corem em minh'artérias.
São moscas dos estrumes que vagam pelos
Meus ossos da cal em negrume de meus dias
Se soubesse
Dos mares que navego
sobre picos de anfíbios mortos
Onde aguas-vivas voam
Sobre o amoníaco dos meus nervos
Liquefeitos em dentes de volúpia
Se soubesse
Os corações sujos, chulos
Que me prendem,
Ah!... com a certeza das bactéria
Magrófagas vibrando com o deguste
Das minhas angustias em nacos de carme apodrecidas
Me salvarias, como elas me devorariam.
Se soubesse]
se soubesse]
se soubesse]
Como caio em vales de imensa podridão
Quando minh'alma se sente longue da sua
Nunca)
nunca)
nunca) me deixaria neste vale
Que não vale o valor de um fio dos cabelos seu.
Se soubesse, onde ando
Andarias mais distante deste guerreiro
Cujo o sangue seco em seu couro
Denuncia sua presença repugnante
Então
é melhor que não saíba
Onde andas minh'espada, nem meu coração...