por onde anda menelau

Se soubesse

O sal da minha saliva

Os alfinetes que corem em minh'artérias.

São moscas dos estrumes que vagam pelos

Meus ossos da cal em negrume de meus dias

Se soubesse

Dos mares que navego

sobre picos de anfíbios mortos

Onde aguas-vivas voam

Sobre o amoníaco dos meus nervos

Liquefeitos em dentes de volúpia

Se soubesse

Os corações sujos, chulos

Que me prendem,

Ah!... com a certeza das bactéria

Magrófagas vibrando com o deguste

Das minhas angustias em nacos de carme apodrecidas

Me salvarias, como elas me devorariam.

Se soubesse]

se soubesse]

se soubesse]

Como caio em vales de imensa podridão

Quando minh'alma se sente longue da sua

Nunca)

nunca)

nunca) me deixaria neste vale

Que não vale o valor de um fio dos cabelos seu.

Se soubesse, onde ando

Andarias mais distante deste guerreiro

Cujo o sangue seco em seu couro

Denuncia sua presença repugnante

Então

é melhor que não saíba

Onde andas minh'espada, nem meu coração...

Menelau
Enviado por Menelau em 10/06/2011
Reeditado em 10/06/2011
Código do texto: T3026523
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