surrealista
Quando não escrevo,
meu sangue expele
(rubro, escarlate, carmim)
minando pelos poros.
Alimento corvos
e toda as aves
de rapinas morais
e
saturada de
realidade morta.
Meu cadáver
... [festim] ...
putrefado de versos
meus ossos branco
como o pó (demoníaco)
calcificado de poemas
é banqueteado.
Quando não escrevo
deixo a pena
para
ser a própria pena
hedionda e negra.