Revirava as entranhas do abandono...

Um albergue no Braz, ou em outro lugar qualquer.

No canto de um teatro...

Na escadaria da Sé.

 

A peculiaridade une a música a pessoas e andantes.

Atrai bêbados, mendigos e andarilhos.

Velhos, prostitutas, crianças e seres intrigantes.

Seres humanos destroçados, cuja intenção já é o bastante!

 

Sociedade de mercado...

Onde as flores nunca serão bonitas.

Escancarando os espaços periféricos com teatralidade sem lirismo...

Revirando suas formas aflitas.

 

Se esta é a sensação de ser moderno,

Por que será que no meio de tanta aglomeração,

Onde a preocupação só dialoga com trabalhadores,

É que se une poesia, música e todos os dissabores?

 

De Magela

 

DE MAGELA POESIAS AO ACASO
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 04/06/2011
Reeditado em 04/06/2011
Código do texto: T3014145
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