PRA QUEM CONHECE UMA FLOR

As pétalas tenras

De flâmulas voluptuosas

Que bailam ao vento

Reproduzem tua forma

No irrefreável impulso

De tatear tua sépala

Com textura tão casta

Lança desejos infindos

Perturba-se com a fragrância

Das amotinadas partículas

Que reproduzem seu mel

E inebria a loucura

Sendo o estigma do corpo

Despertador da lascívia

E os lábios inflamados

Tão-só intentam doidices

Ao desfrutar teu sabor

Neste cálice da vida

Receptáculo do amor

Venera-se ao que adentra

Às entranhas da flor.

Eduardo Franco Vilar

Edu vilar
Enviado por Edu vilar em 01/06/2011
Reeditado em 02/06/2011
Código do texto: T3008237