MUDO DE PRAZERES, PARECERES, A CADA LUA
21.10.05.
Não pude casar com as pessoas que me entenderam
E foram poucas
Não é justo insistir
Um dia escrevi: mulher do louco:
Vida!
Mudo de prazeres, pareceres, a cada lua
Às vezes morro de amor
Às vezes amo a solidão
Quase que de hora em hora e
Não quero me encontrar
A vida ficaria sem sentindo sem mais nada para procurar
Quanto mais leio, quanto mais escrevo
Mais me aproximo de meu intento
Precisaria ser imbecil de novo
Voltar as ignotas paixões
Nada mais querer perfeito
“Não queres sofrer? Nada peça aos deuses”
Gostaria de virar de novo aquela foto amarelada
Que troquei por essa de monstro
Não tão assustador assim também
São passos irreversíveis
(“não queres sofrer? Nada peça aos deuses”; frase de sabedoria
oriental que um dia li em algum lugar)