MUDO DE PRAZERES, PARECERES, A CADA LUA

21.10.05.

Não pude casar com as pessoas que me entenderam

E foram poucas

Não é justo insistir

Um dia escrevi: mulher do louco:

Vida!

Mudo de prazeres, pareceres, a cada lua

Às vezes morro de amor

Às vezes amo a solidão

Quase que de hora em hora e

Não quero me encontrar

A vida ficaria sem sentindo sem mais nada para procurar

Quanto mais leio, quanto mais escrevo

Mais me aproximo de meu intento

Precisaria ser imbecil de novo

Voltar as ignotas paixões

Nada mais querer perfeito

“Não queres sofrer? Nada peça aos deuses”

Gostaria de virar de novo aquela foto amarelada

Que troquei por essa de monstro

Não tão assustador assim também

São passos irreversíveis

(“não queres sofrer? Nada peça aos deuses”; frase de sabedoria

oriental que um dia li em algum lugar)

Marcelo Braga
Enviado por Marcelo Braga em 21/05/2011
Código do texto: T2984523
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