CUME
19.04.1998.Aqui do alto se vê quase tudo
Há, porém coisas jamais vistas
Não permitidas aos olhos humanos
Uma panorâmica cega e turva
Há tempos que o homem se impressiona
Há filetes esferográficos desse cume
Restos e avessos do imaginário
Vã retaguarda de um portal iluminado
Incomoda; extasia o sépia solar
Vergam tímidos ictéricos sombreados
Tácitos passos desuniformes
Nunca reparados aqui desse cume
O gelo, o frio e o lume não percebem
Máscaras interplanetárias
Um mundo irrelevante
(Quando se vai à Serra da Beleza em busca de OVNIs)