NULO ESFORÇO

11.04.2003.

 

 

O amarelo antecede o laranja tanto quanto o sétimo do oitavo

O céu que passa por aqui é quase sempre o azul céu que já passou

A loucura, a saudade: senilidade

A lonjura, a vaidade: virilidade

A procura, os dias que voam: servilismo

 

O laranja precede da mistura do amarelo com o vermelho

Passou por aqui um dia um céu que julguei azul sê-lo

Tinjo de unguento os hematomas de minha clara tez

Essas lágrimas sempre importunaram os céus desanuviados

O tempo depura o devaneio de dias e muitas horas

Minhas mentiras são os nossos minutos perdidos

Meu amarelo é quase sépia de tão sujo que é

Esse zéfiro, quase um tornado!

 

Aquele azul que todos viam em mim e nunca acreditei sê-lo assim tão ciano...










 

Marcelo Braga
Enviado por Marcelo Braga em 17/05/2011
Reeditado em 21/11/2012
Código do texto: T2975053
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