NULO ESFORÇO
11.04.2003.
O amarelo antecede o laranja tanto quanto o sétimo do oitavo
O céu que passa por aqui é quase sempre o azul céu que já passou
A loucura, a saudade: senilidade
A lonjura, a vaidade: virilidade
A procura, os dias que voam: servilismo
O laranja precede da mistura do amarelo com o vermelho
Passou por aqui um dia um céu que julguei azul sê-lo
Tinjo de unguento os hematomas de minha clara tez
Essas lágrimas sempre importunaram os céus desanuviados
O tempo depura o devaneio de dias e muitas horas
Minhas mentiras são os nossos minutos perdidos
Meu amarelo é quase sépia de tão sujo que é
Esse zéfiro, quase um tornado!
Aquele azul que todos viam em mim e nunca acreditei sê-lo assim tão ciano...