MINHA MÃO
02.04.1994.
O tal do Contini a balançar minha cabeça
Os segredos que rolam pelos ralos
Os loucos “juegos" da Sega mirabolando e
Minha mão balançando: esqueça!
Uma voz d’alto morro voando
Lembranças são de trás pra frente
Meus passos insistem em ser gente e
Minha mão pela estrada acenando!
A fumaça do cigarro, desenhos malucos
Ela vai subindo, vou seguindo seu sumiço
Tem vez que penso: melhor ser omisso e
Lá vai minha mão para a caixa dos Bauduccos!
O relógio vai marcando minhas horas de cadeira e
Alguém passa de lá pra longe
Tento pescar o papo e caio do bonde
O bar-man aumenta o calor da lareira.
Era comum os olhos retrucarem cama e
As pernas se inquietarem
No balcão esticadas, eretas, tensas e
Minha mão a se queimar na chama.
Passa de repente pela memória a família
Que sei lá por onde anda e o que faz agora
Tem vez do peito que estremece e chora e
Lá vai o pensamento a uma milha!
O calor da noite vai me deixando
No frio da cerveja que encheu novo copo e
Chega a morena dizendo: eu topo!
Segura a minha mão e fica balançando.
Me lembro da cotovia de Victor Hugo
Pois a música que toca é a mesma que eu ouvia e
Meu par de fones se enchem
A colher passei pela mão: um verdugo!
Cadê a morena que vivia nesse balcão?
Pergunta no ar que se esvai no eco
Pego na calabreza quente, derretido queijo, me meleco e
Minha mão com seus dedos caem pelo chão
Eles vão na massa de tomate para a rua
Passa um louco dando bandeira e
Eles entram em sua carteira e
O cara diz: fica na sua!
Fico sem a mão impulsiva quando só
Não mais regulo, foi dona de seu nariz
Se irrita na remarcação do giz
Termina a noite e desato todos os nós
Que me prendiam
No balcão
Que pendiam
No pregão...
02.04.1994.
O tal do Contini a balançar minha cabeça
Os segredos que rolam pelos ralos
Os loucos “juegos" da Sega mirabolando e
Minha mão balançando: esqueça!
Uma voz d’alto morro voando
Lembranças são de trás pra frente
Meus passos insistem em ser gente e
Minha mão pela estrada acenando!
A fumaça do cigarro, desenhos malucos
Ela vai subindo, vou seguindo seu sumiço
Tem vez que penso: melhor ser omisso e
Lá vai minha mão para a caixa dos Bauduccos!
O relógio vai marcando minhas horas de cadeira e
Alguém passa de lá pra longe
Tento pescar o papo e caio do bonde
O bar-man aumenta o calor da lareira.
Era comum os olhos retrucarem cama e
As pernas se inquietarem
No balcão esticadas, eretas, tensas e
Minha mão a se queimar na chama.
Passa de repente pela memória a família
Que sei lá por onde anda e o que faz agora
Tem vez do peito que estremece e chora e
Lá vai o pensamento a uma milha!
O calor da noite vai me deixando
No frio da cerveja que encheu novo copo e
Chega a morena dizendo: eu topo!
Segura a minha mão e fica balançando.
Me lembro da cotovia de Victor Hugo
Pois a música que toca é a mesma que eu ouvia e
Meu par de fones se enchem
A colher passei pela mão: um verdugo!
Cadê a morena que vivia nesse balcão?
Pergunta no ar que se esvai no eco
Pego na calabreza quente, derretido queijo, me meleco e
Minha mão com seus dedos caem pelo chão
Eles vão na massa de tomate para a rua
Passa um louco dando bandeira e
Eles entram em sua carteira e
O cara diz: fica na sua!
Fico sem a mão impulsiva quando só
Não mais regulo, foi dona de seu nariz
Se irrita na remarcação do giz
Termina a noite e desato todos os nós
Que me prendiam
No balcão
Que pendiam
No pregão...