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"... eis que surge uma besta com sete dentes sujos, dona de um olhar vesgo e maldoso, cuja sujidade emporcalha tudo que vê... eis que a terra viu sua imensa histeria e observou o espetáculo parvo de demência... Eis que, para sempre, EU me calo, selando esta epístola com a minha última pronúncia profética:
"- Adeus, BesTa PaTétiCa."
((TreChO dA AgnóStiKa PaRa.BíBLi@))
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Uma besta subterrânea
Sucedânea de desonra
Fardo de morte e dor
Amarelo, meio sem cor...
Seu olhar de horror
Subiu à vasta terra
Para fazer uma guerra
Contra pirilampos brilhantes...
Uma besta bufante
Com dentes amarelados
Olhos chamejantes de ódio
E dizeres desmiolados.
Fez a besta profecias
E ainda chorou agonias
Pura cena da vida que encena...
Falando sozinha sobre tudo
Num soco pontiagudo
No estômago de quem pode ouvir...
Uma besta teimava em rugir
Toda a sorte de maledicências
Indecências d'uma alma de farsa.
Nem disfarça que tem maldade
E c'olhar aponta sujidade
Esquecendo a sujeira que tem...
Uma besta sem nome... talvez criatura...
Meio AnDroGiNiA, Meio MeGeRa...
Talvez PíToN ou Meio QuiMeRa...
A lançar fogo pelas narinas
Palavras ferinas ditadas ao vento...
Besta sem nenhum sentimento.
E de tanto sentir, nada mais vê.
Cheia de deduções
E elucubrações sobre tudo o que há
Segue a gritar solitariamente
Tal dizer inconsequente
Sentenciando almas diversas
Como se juíza fosse
De todo ser que habita o mundo...
É uma besta que se ergue do fundo
Cria um castelo de imundície
A falar com autoridade
Sobre vidas que desconhece
Uma besta que não merece
Ser ouvida por alma vivente...
Uma vez que nenhuma prece
Usa dizer entre os dentes...
Besta ferina, fere sem dó
Feito um nó apocalíptico
Um ansiolítico seria prudente
A deter tal fera demente...
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