Sexta Feira, dia 13...

Sexta Feira, dia 13...

Oh! Lua. Oh, minha Lua! Feiticeira

Dos desejos ocultos, secretos e oprimidos

Dona da insana minha paixão e emoção

Nas raras porções mágicas dos enamorados...

Entre cobras, lagartos e aranhas

Todos juntos, com a baba de bode

Uma porção de idiotice e sem fé

E uma gargalhada bem aflorada...

Todos já vestidos de negro na floresta

Rodam em danças mágicas, bebendo

Os lobos uivam, lambem o seu pêlo

Que sua noite vai ser de grande farra...

No ar já a pobre vassoura passeia

A velha bruxa está alcoolizada

Em zás- zás, sem qualquer nexo

E suas gargalhadas estrondosas e cruéis...

Já na velha casa, está o charlatão, de turbante

Com sua bola de cristal e no seu velho baralho

Venham! Rios de dinheiro! Eu! Tudo vós vou ajeitar

Tudo o que possam vir a pensar, até os calos do futuro...

A benzedeira faz o sinal da cruz, arrepiada

Dizendo “cruz credo”, mas o que é isto?

È muito mau olhado e muita inveja

Que corta o teu lindo caminho...

Não tem sogra que resista e coitada da pobre amante

Todos são culpados, dos sem vergonha, caras de paus

Mas apenas, com os pozinhos mágicos, julgam curar

As suas escapadelas, na tão azarada sexta feira, dia 13!

Betimartins
Enviado por Betimartins em 09/05/2011
Código do texto: T2959173
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