Fome de viver
Coagulava e derretia.
Meu corpo, minha alma, meu sangue.
Eu me apoiei no seu braço e pedi por um drinque.
Ele veio negro.
Meu anjo, minha vida, tudo meu..
Poderia estar ali. Naquele copo.
Enquanto eu me lambuzava com a idéia de nós.
Você me trouxe um pedaço de carne.
Sua carne, já nossa.
Drenada, aquela refeição não me pareceu tão apetitosa.
Por que? Eu perguntei a você.
Me lembro como se fosse ontem.
Você abaixou os olhos..
E num remorso tremendo, me respondeu:
Eu estava com sede.