Sobrevivente
Jogo na noite minhas garras ao vento.
Meus olhos translúcidos mergulham na escuridão
à procura das presas do tempo e das gaiolas.
Insatisfação que emana dos entes.
Jogo meu laço no tempo e trago a pressa
do sobrevivente
Não quero ser o prisioneiro do cais
onde sacio a minha sede.
Quero ser o pássaro livre à espreita,
a fera que rasga o vento da libertação,
joga na noite as garras ao vento
e se torna seu companheiro.
Publicada no livro "Horas Verdes" - 2009
Publicada no livro "Horas Verdes" - 2009