O companheiro
Deixei cair no sono profundo,
As quimeras da mocidade,
Bebi o vinho dos desejos
E assim alimentei sem gosto,
O lobo faminto que me agredia.
No fogo das paixões ardentes,
Queimei todos os embargos,
Hoje, me contento das sobras
Qual mendigo do amor,
As oportunidades daninhas
Vieram como as webs ,elos
Traiçoeiros e rotineiros,
Mas o amor, forte comparsa,
Ajudou-me a entender e perdoar,
Do mal que me deixou tão cego,
Assim escondi-me na caverna do riso,
Consegui ter sorte nalguma batalha,
Agora estou ainda vivo, um sábio,
Diante do espelho da existência,
Que passou e findou sua labuta
Ao lado de meu grande amigo,
um cão chamado esquecimento.