Começa o dia
E logo com ele a hipocrisia
Começo a poesia
E logo...
O vácuo das certezas.
Epicuro! Jaz ao longe das vitrines;
Junto a ele meu animo.
Finda o dia!
Porque ver, o ir do sol?
Noticias clamam no mundo
Não há tempo
Para tais aquarelas,
Eu?
Eu durmo.
O sono de quem guerreia,
Nos antros da alma.
Solavancos em ciclos me guardam.
Das dores dos corpos de sais
Acordo no escuro
Revelando olhos intumescidos,
É tarde para regressar,
O mar por onde navego
São de pensamentos ácidos
Daquilo que sei, toda certeza humana,
São artifícios do ego
Nestes dias,
A alegria é culto cego
A venda, eu tudo compro.
Por certo,
A hipocrisia é ao gosto humano!
Imagem:
A imagem simboliza a manifestação arquétipa do orixá Omolu - No cultos, é ele, o amparador das almas em conflitos que deixando o mundo carnal perdem-se no proprio emaranhado de seu psquismo enfermo e perpetuam em si o sofrimento que estimularam quando encarnados promovendo no mundo fenomenico toda sorte de vilezas. omolu é temido e o temor se explica na ausencia de conhecimento de si mesmo que o ser humano mantém a seculos.