Começa o dia
E logo com ele a hipocrisia
Começo a poesia
E logo...
O vácuo das certezas.
Epicuro! Jaz ao longe das vitrines;
Junto a ele meu animo.
 
Finda o dia!
Porque ver, o ir do sol?
Noticias clamam no mundo
Não há tempo
Para tais aquarelas,
 
Eu?
Eu durmo.
O sono de quem guerreia,
Nos antros da alma.
Solavancos em ciclos me guardam.
Das dores dos corpos de sais
Acordo no escuro
Revelando olhos intumescidos,
É tarde para regressar,
 
O mar por onde navego
São de pensamentos ácidos
Daquilo que sei, toda certeza humana,
São artifícios do ego
Nestes dias,
A alegria é culto cego
A venda, eu tudo compro.
Por certo,
A hipocrisia é ao gosto humano!
 

Imagem:
A imagem simboliza a manifestação arquétipa do orixá Omolu -  No cultos,  é  ele,  o amparador das almas em conflitos que deixando o mundo carnal perdem-se  no proprio emaranhado de seu psquismo enfermo e perpetuam em si o sofrimento que estimularam quando encarnados promovendo no mundo fenomenico toda sorte de vilezas. omolu é temido e o temor se explica na ausencia de conhecimento de si mesmo que o ser humano mantém a  seculos.
Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 04/05/2011
Reeditado em 04/05/2011
Código do texto: T2948528
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