TROFÉU
Mostro no meu maciço crânio, inconformado sorriso,
A alma que de mim já se foi, foi desviada do paraíso,
Sou seguro pela mão da morte que me faz companhia,
Vejo no seu satisfeito semblante, a sorte deste dia...
Pensei que os meus pecados não fossem assim castigados,
Agora mais que nunca, misericórdia não existe e nem o céu,
Ainda que para o inferno não vá, sou dos seres não amados,
Nesta sombra não tenho luz, não sou nada além d'um troféu.