LENDÁRIA ÍNDIA
Pelas matas virgens e serranias
Da fauna genitora de seus habitantes
Com magos viços verdejantes
Tu caçavas os gamos e as cotias.
Vestida apenas com seu arco e flecha
A bela índia de olhos amendoados
Como pomos volúpticos avermelhados,
Os seios dançavam libertinos numa recha.
Vai a lendária índia atrás de sua caça,
Que arisca embrenhara-se nas tocas
Mas para a torva náiade das malocas
Com seu amplo arco a flecha abraça.
Com seu despertar valente pela manhã
Como mantenedora de sua grande tribo
Tem prazer na lida que não lhe é castigo
Traz a caça em sua espádua altiva, a aldeã.
A indômita guerreira que nasceu das águas,
Pela sua força e viço mantem suas raizes
Traz nos seu alforje seus filhos felizes
Pois naquele peito jamais guardou mágoas.
(YEHORAM)