Adormecida
Ela se mexe e gesticula versos
Tem as mãos amarradas rente
Ao peitoril da cama
Os braços vão vagarosamente
Levantando sem obter vantagem
Dessa maneira
Semi-despertou de sua loucura
Ouve com agonia o som das buzinas
Sonhando floreios e perfumando folhas
Não é bela a imagem dela
Refletida no espelho usado e trincado
Adormecida
Pesadelos vão surgindo em seus sonhos
Gritos sufocados e gemidos abafados
A princesa arde
Figuras embaçadas saem do chão
Criaturas surgem sorrindo sem razão
A dor causa-lhe aflição
Há um pouco de caos nisso tudo
Negar seria vergonhoso
Conte antes do fim
Não cante pela sorte dos anjos
Durma enfim
Fim
(Veja a versão Original clicando no site: http://lucynante.blogspot.com/2011/02/adormecida.html)