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A MoRTe é a CerTeZa iNCerTa De qUe ViVeR é SemPre MaIs InTeReSsaNTe (?)...
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Onde as portas nunca se abrem
E as tristes pessoas temem
Há um 'paço' cinzento...
Ali as crianças não sorriem,
Os velhos comem calados,
As musas choram baixinho...
E não há janelas,
Mas lírios abandonados
Que ainda têm cor...
Ali as cigarras não cantam
Ou mesmo os poetas versejam...
Há um cheiro acre no ar...
Os relógios velhos gritam
E aterrorizam as moças
Rabiscando seus olhos tão belos...
Pássaros perdem suas asas
Esquecem como planar...
Se deitam e leem jornais velhos...
E na única televisão colorida
Se repete um reclame qualquer
A dizer que `beleza é fundamental´...
E os lírios, antes vivos por si só,
Morrem... cegos pela incerteza
Daquela Q u A s E porta 'aBerTa'...
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